terça-feira, dezembro 27

Temível Janeiro

O pior mês do ensino superior vem aí e mais uma vez não está para brincadeiras...

Só me apetece gritar por socorro quando vejo três frequências, duas entregas de trabalho e uma formação antes da semana de exames. O pior é olhar para as respectivas pastas das cadeiras e não saber por onde começar. Inspira. Expira. Isolamento social, aqui vou euuu!
Muita boa sorte a todos os que se encontram na mesma situação desesperante!

Espero que tenham passado um mega natal e que a entrada para 2012 seja para arrazar!

domingo, dezembro 18

Super-Sortuda (conhecida pelos demais como S.S)

Para vos contar a história da nascença da S.S tenho que voltar atrás até... Quinta-feira, jantar da natal da Tuna de Enfermagem de Lisboa (TEL), mais conhecido como jantar de naTEL.

Tenho a bela mania de, quando sei que vamos todos beber uns copos, levar sempre a carta de condução no bolso porque nunca sei se alguem vai precisar que eu leve o dito carro por eles (apesar de, por norma, eu beber). Mas como nesta noite estava de traje, e tinha medo de o perder se virasse o casaco ao contrário, pedi para que mo guardassem. Resumindo essa pessoa ficou com a minha carta e só a vou ver algures pa semana.

Hoje à noite fui fazer umas belas compras de natal, ao Vasco da Gama com o meu irmão, planeando voltar a casa, imprimir a carta de condução que entretanto me foi enviada e seguir para uma pequena festa de aniversário supresa. Acabamos os dois por regar um jantar no frango da guia com um Muralhas.

Como acabou por ficar tarde tive que levar o carro directamente para a terriola da festa. Sem carta, nada embriagada mas com a noção de que provavelmente acusava. Pela A1 fora, tudo normal. Chego à terriola, tudo bem. Vou a fazer a manobra do costume (que tenho a referir que todo o mundo faz) para estacionar ao pé da esquadra da polícia, quando pela primeira vez me aprecebi (ao ver um carro a vir de frente) que afinal a rua, sem sinalização, é de apenas um sentido. Para deixar o carro passar enfiei-me numa espécie de beco.

Estava eu ali a fazer marcha-atrás, marcha à frente insistentemente para me retirar da trapalhada quando o senhor polícia me pede para abrir a janela. '*******'!!!!

Sr. Polícia: "Não sei se a senhora sabia que a rua por onde entrou é de sentido proíbido..."
Eu: "Ai... Não! Raramente venho para estes lados (Mentira)"
Sr. Polícia: "Sabe que pode ficar sem carta por uma destas!"
Eu: "Peço imensas desculpas!!"

Contínuo a tentar fazer a minha manobra, agora com uma certa aflição.

Sr. Polícia: "A senhora parece-me um pouco agitada..."
Eu: "Ah..., ..., ..., Sim? Pois."
Sr. Polícia: "Que não se volte a repetir! Se quer chegar à estação siga por..."

Acabei a manobra, desejei-lhe boa noite, fui estacionar para outros lados. Cheguei ao jantar ainda a tremer um pouco. Todos iam dizendo que os polícia da zona pedem-lhes a carta quando abordados; baptizaram-me como Super-Sortuda do grupo.

Acabei por dar uma 'ganda volta' para evitar o centro da vila e seguir pela nacional até casa. Só espero que não volte a arriscar tanto como hoje. Isto de ser S.S raramente acontece.

domingo, dezembro 11

Mixed Feelings

Não me sais da cabeça. Danças entre as minhas fendas sinápticas estoirando a pouca sanidade que me resta. Invades cada bocadinho de mim como uma praga contagiando tudo o que sou eu. Estremeces o meu mundo, arrepias os meus sentidos e nada disto me agrada. Quero-te soltar de dentro de mim, expelir-te como se nada me fosses se não um reles incómodo.

Quero-te e o problema reside aí. Nessa pequena palavra e toda a sua carga. O querer-te é o microorganismo que me invade, que distorce a minha visão frouxa da realidade, o corpo estranho com que as minhas defesas se debatem. Mas não és apenas "qualquer coisa" e luto contra ti sem resultados positivos. És inteligente e prendes-te de maneira a ficar.

Se não consegues vencê-los junta-te a eles segundo oiço dizer. Mas e se o teu único propósito é o distúrbio de tudo o que me mantém à superfície, à tona? E se não te queres alojar? E se me abandonares o corpo se eu te der as boas vindas de braços abertos? A verdade mesmo é que a tua presença que me causa tanto desagrado impulsiona-me a enfrentar o mundo à medida que te enfrento a ti.

Peço-te que fiques então mais um pouco. Ainda não descobri ao certo se me fazes mais bem que mal. Se me tornas mais forte ou mais fraca. Se me dás febre ou uma paixão intensa pela vida que me incendeia... Fica. Sem promessas, sem expectativas. Mas por favor, fica.