segunda-feira, novembro 30

Conversas com a Mãezinha

Cerca de cinco meses após a grande, desastrada e horrível saída do armário dou de caras com estas palavras provenientes da boca da minha mãe:

(eu salto para cima do sofá e para o colo dela e encho-lhe de beijinhos como a criança que ainda sou e inicio o diálogo:)

-Mãeee, gostas de mim?
-Claro que gosto de ti, que remédio (risos).
-Gostas de mim como sou? Mesmo que venha a ser uma psicólogo de grande sucesso e de referência?

(a minha mãe fica pensativa durante alguns minutos, olha-me nos olhos e:)

-Eu vou sempre amar-te, independentemente das tuas características e de quem queiras ser. Só quero que sejas o mais feliz possível... (tira-me a franja dos olhos.)
-Está tudo a correr como planeado até a minha felicidade Mãe... não te preocupes.


Ora uma parte de mim quer mesmo acreditar que naquelas frases está subentendido que ela me aceita... mas a outra parte acha que é bom demais para ser verdade.

quarta-feira, novembro 25

Sonhar Acordada

Dei por mim refugiada da chuva á porta do pavilhão a estudar Psicologia, mas o *ping ping* ainda era audivel, visivel e eu continuava fria e encharcada. Oiço passos e levanto a cabeça dos apontamentos. Alheia á página em que lia acerca do complexo de Édipo, fechei os olhos, e foi então que tudo aconteceu tal e qual como acontece na realidade (o meu inconsciente despertou o mais pequeno promenor das minha recordações)... Um súbito calor na orelha esquerda e aquela voz que me soa sempre tão bem em conjunto com uma respriação ofegante, "Quero-te... Quero-te agora...". Sacudi a cabeça, afastei o calor que me tomou conta do corpo apesar de ter a pele arrepiada. Preciso deste 19...

quinta-feira, novembro 19

Não consigo conter o sorriso de orelha a orelha quando os nossos lábios tocam, basta tocarem, um simples encosto. E a alegria sobe-me toda vinda la se sabe donde para a minha boca que esboça um sorriso. e olho-lhe nos olhos enquanto estamos suspensas naquele beijo que podia nunca ter fim, e ver outro sorriso do tamanho do mundo apenas leva-me ás nuvens durante o resto da semana. (Durante a próxima semana lá estarei sim.)




Hum; Hoje decidi calçar as minha botas ate ao joelho com salto para escola ; e de repente fiquei divinal e chique --'

sexta-feira, novembro 13

Sexta-feira 13

não sou nada supersticiosa mas hoje foi um dia para esquecer

-12 no primeiro teste perante a minha querida e amada psicologia. Nem imagino onde errei. Presumo que o senhor apenas seja super homofóbico. (nota pessoal: perguntar-lhe o que aconteceu)
-13 na bela da notícia de biologia sobre técnicas de reprodução assistida, vá a apresentação foi agradável e o senhor subiu para 14. (mas mesmo assim descer 5 valores, upa.)
-raivas e alterações hormonais vindas sabe-se lá da onde.
-discussões infantis entre colegas em relação á confusa viagem de finalistas.
-informação que vou mesmo tocar vibrofone no concerto e pratos na marcha, recepção duma bela (ou nao) farda azul.

(só aqueles 20 minutinhos ao seu lado e uma descarga de raiva na bateria é que me mantém viva...)

quarta-feira, novembro 11

She

Pensava que era impossível voltar a depender e confiar em alguém. Dou por mim a dar de caras com impossível com uma simples troca de olhares. A cada minuto que passo ao seu lado sinto-a mais, quero-a mais, apaixono-me mais por tudo o que Ela é, pelo seu cheiro e voz, os seus abraços e beijos, os seus gestos e palavras. Sinto ansiedade para estar com ela de novo sempre que nos afastamos mais de cinco metros. O meu coração salta do meu peito sempre que se aproxima a hora de estarmos juntas, sempre que oiço a sua voz ou a sua respiração bem pertinhos do meu ouvido. Basta um toque, por mais breve e simples que seja, par enlouquecer, para os meus nervos de vontade darem comigo em doida.

Sempre soubemos que acabariamos assim, bem, juntas; e o facto disso estar a acontecer de verdade é sobrenatural. Desde do dia um destacaste-te no meio da multidão, o teu á vontade, o teu riso; quando nos conhecemos eras muito mais do que aquilo que eu previa; queria conhecer-te de verdade, saber tudo o que podesse saber, descobrir e conseguir prever as tuas acções e palavras, fazer-te mais feliz que nunca. Saber que é tudo mútuo; todo o hiperactivismo, todas as acelerações cardiacas, nervos e desejos; transmite-me uma sensaçãode calma e bem-estar excessivos.

Estou finalmente bem, e Ela não me sai da cabeça.


terça-feira, novembro 3

Vícios

Tenho o vício, a mania, de ser impulsiva. Tenho medo de ficar agarrada á impulsividade no futuro para obter bocadinhos de felicidade conseguidas ao concretizar desejos relâmpago.

Hoje deu-me para comprar um livro, naquela feirinha do livro no Oriente, apenas ao ler o título e as primeiras frases. "Fio Solto" de Dennis Cooper. "Estamos estacionados na colina, com vista sobre a cidade. É altura do pôr-do-sol. Ou talvez não." (sou agarrada a narradores participantes de uma maneira louca)

Ainda só passaram duas horas e já devorei metade do livro que por acaso retrata um rapaz rodeado de violência e dúvidas a dar de caras com a sua homossexualidade. (Até tenho gaydar perante um livro)

Não sei se estou a gostar do livro por tratar temas que me intressam e estar escrito de maneira intressante ou se estou a gostar dele por ter sido produto da minha impulsividade.

Tenho pena de o estar a acabar tão depressa, queria que ele durasse muito mais tempo... pelo menos até amanha.

domingo, novembro 1

quando olho para o meu fim-de-semana e vejo: cerca de 5h de Final Fantasy, 18 exercícios de matémática feitos, 3h agarrada á percussão, 3h30 ao telefone com Ela, 30min a decorar escalas de sustenidos, 2h30 de ensaio com a banda e um prato de brigadeiros; admiro-me da minha versatilidade

-.-'