é que a loucura acode
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio" ´
(eu deliro com textos de Eugénio de Andrade :D)
Que saudades de Eugénio de Andrade...
ResponderEliminarJá leste o "Adeus"?
ResponderEliminarFaço das tuas palavras, minhas.
ResponderEliminarBom fim-de-semana para ti também (:
Simplesmente lindo!
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